OAB denunciará juíza ao CNJ por desrespeito às prerrogativas
Brasília – O Conselho Federal da OAB, juntamente com a seccional do Espírito Santo, irão denunciar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), uma magistrada que atua na região sul do estado, que negou-se a atender advogados e agiu de maneira agressiva e constrangedora.
“Nenhum ato de desrespeito às prerrogativas será aceito pela OAB. Não há hierarquia entre advocacia e magistratura, portanto seremos intransigentes na defesa dos advogados”. É inadmissível que um magistrado que tem o dever de cumprir e fazer cumprir a lei possa agir desta forma, afrontando a legislação vigente e ainda confundindo autoridade com autoritarismo, afirmou o presidente do Conselho Federal da OAB, Claudio Lamachia.
O presidente do Conselho federal ressaltou que “a relação entre advocacia, magistratura e demais agentes do sistema judiciário deve ser baseada no respeito reciproco, em que atos de desrespeito como este sejam punidos de forma exemplar para que não se repitam”.
Conforme explicou o presidente da seccional do Espírito Santo, Homero Junger Mafra, a magistrada num “ato de prepotência”, negou-se a atender profissionais da região, que buscaram o auxílio da OAB para atuar em sua defesa. Ao saber da denúncia feita a Comissão de Prerrogativas da Seccional, a magistrada chamou os advogados e na presença das testemunhas disse: “vocês ligaram para a OAB, saibam que a OAB está abaixo de mim (apontando para os pés). Sou uma magistrada, não sou obrigada a atender advogados.”
Diante dos fatos o presidente da OAB-ES ressaltou que “é inadmissível que situações como essa ainda ocorram. Dizer que não está obrigado a receber advogado é a negação de tudo e até da orientação do CNJ e do STJ sobre o tema. Essas questões têm que ser levadas ao CNJ para que a ofensa seja reparada com a adoção das medidas administrativas cabíveis. Pedimos que o CNJ examine a questão e imponha a penalidade devida por esse tipo de abuso.”
“O CNJ já assentou que o juiz é sempre obrigado a receber advogados em seu gabinete, a qualquer momento, durante o expediente forense. E isso independentemente da urgência do assunto e de que o juiz esteja fazendo. Portanto, ao não receber advogados, o magistrado nega valor a uma decisão do CNJ e contraria a construção jurisprudencial do STJ”, afirmou Homero.
Com informações da OAB-ES
fonte: http://www.oab.org.br/noticia/29299/oab-denunciara-juiza-ao-cnj-por-desrespeito-as-prerrogativas
2 Comentários
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Sem ouvir o contraditório e me baseando apenas na narração dos fatos em questão. As ações da juíza descrita são tipo:
"Eu sou Deus, e vocês são reles mortais".
Caso confirmado o fato, realmente ela pensa que é Deusa. continuar lendo
Muito bem observado ao lembrar que é essencial ouvir o contraditório, parece simples, mas muitos podem atacar sem nem ouvir o outro lado da história.
O que presencio as vezes são alguns advogados também abusando e querendo falar com o juiz a qualquer tempo, como se ele fosse um empregado a disposição do advogado. Tipo: larga o que está fazendo e vem me atender porque tenho horário em outra Vara.
Já presenciei advogados querendo se sobrepor as pessoas que estão envolvidas na lide, querendo que o magistrado as deixasse lá esperando para atender ao advogado ... como se ser advogado fosse mais importante do que ser autor ou réu.
Essa é uma briga de egos que vamos respeitar hein ... pobre do bom senso de justiça ... se ainda existe algum. continuar lendo